Veja como está o status das 5 maiores plataformas (Vtex, Loja Integrada, Tray Corp, Shopify e Magento).
Com a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sexta-feira (18/09/2020), após adiamento em relação à data prevista - agosto deste ano, mas que devido ao impacto gerado pela pandemia da COVID-19 havia sofrido reprogramação estimada para 2021, um alerta acendeu sobre a necessidade de reestruturação de como as empresas precisarão gerir seu relacionamento com o cliente em termos de tráfego de dados pessoais.
Há demanda por tornar mais transparente tanto a intenção de que é desejo das companhias contar com dados pessoais (informação relacionada à pessoa natural identificada ou identificável) quanto a forma com que essas informações terão seu uso aplicado posteriormente. Sobre a necessidade de reformulação por parte das plataformas em relação ao uso de dados pessoais do cliente, como será que as empresas estão lidando diante de uma mudança com tamanho impacto? Entenda o movimento que as principais plataformas estão promovendo em suas políticas:
Vtex: a multinacional brasileira chama a atenção para o tamanho do impacto com a mudança, que passará a ter sanções em agosto de 2021. Além de promover um webinar em parceria com a Codeby - empresa de desenvolvimento web e e-commerce, para jogar luz sobre o debate em torno da LGPD, a Vtex, através da responsável jurídica, Luiza Amorim, entende que a nova ordem consiste na implementação de um recurso valioso para as empresas. A especialista afirma que um dos ganhos é a ampliação da cultura de documentação de dados pessoais, assim como o aumento da ética no uso das informações, em declaração ao site oficial da empresa.
Loja Integrada: a companhia já exibe, em seus fóruns de ajuda a forma com que trabalha a gestão dos dados diante da nova regulamentação. É possível visualizar de que maneira o termo é oferecido ao cliente, assim como a forma com que os dados serão utilizados. O tópico de ajuda detalha compromissos e deveres quando da detenção de informações pessoais, que tipo de implicações correlatas podem ter efeito (propagandas de terceiros, por exemplo) e como o cliente pode, se desejar, remover suas informações do portal.
Tray Corp: em maio deste ano, quando saiu o anúncio do adiamento da efetivação da LGPD devido à pandemia, a Tray publicou um artigo dissecando a lei. Houve também a antecipação do que poderia ser modificado no e-commerce em geral, em face às mudanças legais. Novos custos e alteração na forma com que sistemas e processos serão gerenciados, assim como a transparência a respeito dos dados de navegação e transações deverão ter efeitos foram abordados. A companhia entende, através do artigo, que processos como auditorias podem ser um ótimo meio de adequar as empresas aos novos tempos.
Shopify: também em maio, a especialista em e-commerce divulgou um artigo com as implicações da LGPD. A publicação trouxe sete passos iniciais que tomou para si a fim de se atualizar a respeito da lei. Termo de Serviço; Política de Privacidade; Política de Cookies; Gerador de Política de Privacidade; Opções de Entrada de Marketing e um relatório foram os pontos nos quais a empresa debruçou esforços em atualizações diante da nova política. A companhia desenvolveu e disponibilizou ainda um gerador de banner de consentimento para uso de cookies já com as novas diretrizes.
Magento: a multinacional promoveu, em setembro de 2019, um encontro com seu especialista em proteção de dados, na cidade de São Paulo, para debater os pontos de mudança com a LGPD. Como desenvolver um projeto de adequação para colaboradores de e-commerce, fornecedores e clientes foi um dos temas abordados. O encontro abordou também as possíveis formas de fiscalização e sanção a serem aplicadas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados a partir da implementação da lei.
Como vimos, se adaptar aos novos tempos, se antes era parte de um optativo manual de boas práticas junto ao público, é agora um caminho sem volta, inevitável. E para que seja um caminho sustentável, o menos tortuoso possível, é preciso investir em profissionais especializados e ferramentas eficazes. Garantir a transparência é, não só uma questão de atualização, mas também de reputação construída a médio e longo prazo. É a definitiva mudança de mentalidade e responsabilidade. Assim, sua empresa vai precisar decidir de que lado está: dos atualizados ou dos que vivem perigosamente. Com os dados alheios, é claro.