A criatividade sempre um grande carro-chefe de trabalhos de comunicação. Seja no design, na frase bem elaborada, ou no mote de uma campanha, o diferencial estava no toque único, dado pela criação.
Com o passar do tempo, e dado o desenvolvimento tecnológico que nos permite analisar estruturalmente um grande volume de dados, isto parece ter mudado. As estratégias estão mais voltadas à análise e compreensão do comportamento do público, estatísticas e uma infinidade de outros dados.
Este quadro teria, então, matado a criatividade? Este debate sempre surge entre pessoas da área. No entanto, esta análise pode ser contraditória, se considerarmos alguns pontos de vista históricos.
Por mais incipiente que fosse a capacidade de análise de pesquisas e cenários antes do advento digital, ainda assim as estratégias eram guiadas por estudos, informações e dados. Assim, o trabalho nunca foi completamente baseado em feeling -- pelo contrário, o planejamento sempre teve grande valor de decisão.
No cenário contemporâneo, também é inconsistente a ideia que a criatividade perdeu grande espaço. Na realidade, os profissionais da criação estão ainda mais munidos de boa informação para acertarem em suas produções, sem maiores riscos de erro causados por falta de conhecimento.
O fato é que continuaremos a ter grandes produções, derivadas da criatividade de bons profissionais. O trabalho criativo é fruto de uma mistura entre técnica apurada e repertório variado. O briefing e os dados sempre serão um suporte, um ferramental para guiar o trabalho em busca do alvo.