Uma pauta recorrente no mundo contemporâneo é a rápida ascensão das inteligências artificiais como uma grande força motriz da inovação tecnológica. Com uma capacidade de processamento fora de qualquer escala já vista, esse patamar da computação afetará a forma que lidamos com o mundo, em sociedade.
No ramo das comunicações, especificamente no trabalho de marketing, a inteligência artificial aguça um dos sentidos mais importantes desta área do mercado: o conhecimento do público-alvo.
Desde a ascensão da propaganda como uma ferramenta comercial de mídia, sempre existiu o interesse por tentar segmentar ao máximo uma audiência, para que se chegasse o mais próximo possível do consumidor perfeito. É evidente que se trata de um horizonte utópico. Mas os avanços tecnológicos que presenciamos nos últimos 30 anos permitiram um salto significativo no trabalho de segmentação de públicos.
Atualmente, pelas mídias digitais, já é possível criar públicos com características bastante específicas: idade, gênero, preferência política, gosto, profissão, hobbies. São diversas as características que, ao serem cruzadas, criam um público altamente segmentado.
A popularização e desenvolvimento da inteligência artificial, no entanto, tornará este trabalho ainda mais específico. Entender aspectos ainda mais sofisticados das pessoas, como comportamento, reações emocionais, e até mesmo suas expectativas diante do futuro, será algo possível dentro de mecânicas de marketing.
Há quem veja o cenário com preocupação, especialmente pela possibilidade de manipulação das audiências. Para isso, é importante que existam regras éticas bem delimitadas e amplamente discutidas na formação dos profissionais.
Por fim, o copo parece ser mais cheio do que vazio. O desenvolvimento da inteligência artificial trará enormes avanços em diversos campos humanos. Nas comunicações não será diferente. A possibilidade de ser mais incisivo no consumo também gera melhor qualidade de vida às pessoas, além de uma grande eficiência.