Que a pandemia do novo coronavírus afetou as estruturas de toda a sociedade, nós já sabemos. Na comunicação digital, adaptações foram necessárias. O próprio ecossistema de conteúdo para marcas foi sofreu uma atração gravitacional em torno do tópico.
No entanto, com o passar das semanas de quarentena, se tornou perceptível um excesso de pautas sendo repetidas sobre o assunto e seus spin-offs: tópicos como dicas para trabalhar no home-office, listas de cursos gratuitos e outros assuntos foram fartamente abordados.
Cabe perceber, no entanto, que estes tópicos se tornaram cansativos, e em muito pouco tempo foram transformados em lugares-comuns nas redes sociais. É evidente que esse processo de envelhecimento acelerado das pautas também tem como causa a situação que todos nos encontramos. A este ponto, as dicas para home office não fazem tanto sentido, uma vez que os profissionais já estão neste modelo de trabalho há algumas semanas.
As pautas que listavam cursos online gratuitos também se tornaram obsoletas, uma vez que a grande queixa de quem está em quarentena é uma certa instabilidade psicológica, devido ao próprio confinamento, que atrapalha o foco. Assim, o projeto de montar uma agenda com cursos, compromissos e novos objetivos se tornou uma tarefa difícil para uma grande parte daqueles que estão vivendo a quarentena.
Qual é o melhor norte para pautas, então? O conteúdo digital, principalmente quando têm a característica de ser periódico, necessita de ter um olhar atento às pautas centrais da população, analisando-as com as lentes do mercado em que se insere a marca.
Mais do que nunca, abordar tópicos de maneira humanizada, entendendo que o leitor também sente e reage ao conteúdo, é essencial. É um esforço em se conectar de maneira genuína a audiência, que gera frutos importantes no futuro.