Um dos grandes temores do mercado de comunicação, no cenário da pandemia do novo coronavírus, é o esfriamento na veiculação de publicidade por parte de marcas.
O argumento inicial seria de que o mercado tende a retrair, uma vez que o ritmo de produção em todo o mundo cai, e um número crescente de pessoas estão em situações instáveis no trabalho. Isso cria um cenário de menos consumo e, consequentemente, menor retorno no investimento das empresas.
Assim, a publicidade se tornaria uma fonte de despesa que não condiz com a situação. No entanto, nos cabe analisar a validade desta ideia, entendendo principalmente o contexto no qual as ações de mídia se estruturam em nossa sociedade.
Esta premissa seria verdadeira se ações de marketing e publicidade fossem exclusivamente feitas para gerar vendas. No entanto, a propaganda tem uma importante função de criar laços com seu público, que então se converterá em vendas futuras.
O entendimento que fidelizar o público também passa por criar uma experiência e um sentimento de pertencimento para o consumidor é poderosíssimo neste momento. Mais do que nunca, é hora de marcas reforçarem seu compromisso com a sociedade, com seus valores e visão, com seu público e criar laços ainda mais fortes.
Apagar-se neste momento não é uma opção inteligente. Cabe às marcas que tenham sensibilidade em se tornar também uma fonte de força para seu público. Esta estratégia terá grande retorno no futuro.