Com a crescente popularização da internet nos últimos 25 anos, acompanhamos ondas de redes sociais que se tornavam verdadeiras febres entre os jovens de sua geração. Desde os bate-papos arcaicos até o Instagram, muita coisa mudou.
A capacidade de conexão em alta velocidade à internet é uma realidade, inclusive em aparelhos móveis, e a capacidade de produção, processamento e visualização de conteúdos multimidiáticos transformou o uso das redes completamente. Cada vez mais, vemos plataformas baseadas em vídeos, normalmente curtos e descartáveis, mas que são profundamente consumidos pelos usuários.
A primeira plataforma surgida neste contexto foi o Snapchat, que trazia vídeos curtos e que duravam por alguns segundos. Após 24 horas, desapareciam. Este modelo de comunicação se tornou ainda mais difundido com a adesão deste modelo no Facebook, Instagram e Whatsapp. É uma ferramenta de grande valor para influencers até os usuários comuns, que conseguem comunicar seu cotidiano de forma muito lúdica nas redes.
Agora, a plataforma que surge como competidora ao posto de queridinha dos jovens é o TikTok: um aplicativo de produção multimidiática, difundido e popularizado, principalmente, pelas dublagens de músicas pop e outros conteúdos. Seu público é o adolescente e jovem adulto, que têm profunda relação com consumo de vídeos online, e tem, neste modelo, sua principal forma de comunicação.
No entanto, não é só de vídeos engraçados que o vive o TikTok. Perfis institucionais também começam a contar seu cotidiano por meio do conteúdo multimídia. O Flamengo, por exemplo, têm utilizado esta rede para realizar uma cobertura das rotinas de viagem, concentração e jogos do clube.
Seria possível, então, equacionar o uso desta rede em estratégias de comunicação de marcas? A possibilidade é evidentemente concreta e positiva, mas cabe entender como a rede se encaixaria no trabalho institucional, visando, evidentemente, os objetivos finais do negócio.
É importante, em primeiro lugar, entender que a pegada da rede não é formal, por isso, é decisivo adequar linguagem à esta realidade. Para as marcas, ela pode funcionar como uma fonte de informação, mas que tenha uma estética de “bastidores”. Também funciona para trabalhos com influenciadores, ou na produção de um conteúdo multimídia que traga alguma interação com o usuário.
Por fim, o ponto central a se perceber na utilização de uma rede social como está é que tanto o público, por maior que seja, quanto sua linguagem, são altamente específicos e demandam um trabalho muito singular de produção de conteúdo. Entender esta mecânica é essencial para ter sucesso numa mídia como esta.